O que me resta da presença
é o tempo que se perdeu.
Não vejo o aceno antigo
tampouco o olho
descrevendo teu corpo.
Armários silenciam
o tempo
e não ouço mais as frases
que todas as noites dizias.
Resta o gosto amargo
e também o azedo
destas uvas na mesa.
Queria te encontrar
no desfeito jardim
onde as crianças correm
e se esquecem.
O tempo não existe,
mas machuca a ausência.
Teu rosto não se apaga,
os cabelos se acendem
como uma estrela furiosa.
Eu te mando o meu amor.
Mania de ler linhas e entrelinhas. Mural de textos em PROSA & VERSO, especialmente dedicado aos amantes da leitura.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Um poema de Álvaro Alves de Faria
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