Os meus livros (que não sabem que existo)São uma parte de mim, como este rostoDe têmporas e olhos já cinzentosQue em vão vou procurando nos espelhosE que percorro com a minha mão côncava.Não sem alguma lógica amarguraEntendo que as palavras essenciais,As que me exprimem, estarão nessas folhasQue não sabem quem sou, não nas que escrevo.Mais vale assim. As vozes desses mortosDir-me-ão para sempre.
* (In A rosa profunda)
Adoooro o Borges, apesar de toda a sua amargura!
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