Gargalha, ri, num riso de tormenta,Como um palhaço, que desengonçado,Nervoso, ri, num riso absurdo, infladoDe uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,Agita os guizos, e convulsionadoSalta, gavroche, salta clown, varadoPelo estertor dessa agonia lenta...
Pedem-te bis e um bis não se despreza!Vamos! retesa os músculos, retesaNessas macabras piruetas d'aço...
E embora caias sobre o chão, fremente,Afogado em teu sangue estuoso e quenteRi! Coração, tristíssimo palhaço.
Mania de ler linhas e entrelinhas. Mural de textos em PROSA & VERSO, especialmente dedicado aos amantes da leitura.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
ACROBATA DA DOR - Cruz e Sousa
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