quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

POEMA - Paulo Plínio

                                                                             Foto: Luís Lobo Henriques        



Quando a lua nascer cantarei uma canção para os ladrões, mendigos e ciganos.
Cheia de terra e sono. Nem um só animal erguerá as pálpebras cansadas.
E tu descerás ó grande anjo e virás cantar comigo  
Hoje que sou irmão de ladrões, mendigos e ciganos.
Ao longe vejo as fogueiras se acenderem
E um gosto de veneno amargo na boca sem palavras.   
Quero dizer-te, puro anjo, a beleza que vejo nos teus olhos
E confessar-te esse desejo duro que se mistura ao tédio
E nasce como papoulas amarelas.                                   



Nenhum comentário:

Postar um comentário